sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Cientistas brasileiros ajudam a sequenciar genoma bovino

Extraído de Agência Brasil - 6 meses atrás (23 de abril de 2009)

Brasília - Depois de seis anos de trabalho, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em conjunto com um consórcio internacional, conseguiu revelar a sequência do genoma bovino. O estudo servirá para o melhoramento genético do gado e poderá interferir no aumento de produtividade e em características como maciez, coloração e quantidade de gordura da carne, na qualidade do leite e no aumento da resistência a doenças e parasitas, como o carrapato.

O estudo será publicado amanhã (24) na revista norte-americana Science, considerada a mais influente do mundo na área científica. O trabalho de sequenciamento, montagem, análise e anotação do genoma foi feito por mais de 300 cientistas de 25 países e custou US$ 54 milhões.

O pesquisador Alexandre Caetano, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que liderou o trabalho dos cientistas brasileiros, disse que o trabalho se destaca por trazer novas ferramentas para a melhoria da qualidade do bovino.

“O que nós temos agora é uma nova ferramenta que nunca existiu antes e que nos permite realizar esse processo de avaliação e melhoramento de uma maneira mais rápida e eficiente e, eventualmente, abarcando questões que antes a gente não tinha como fazer, trazendo mais eficiência produtiva e melhor qualidade de produto, tanto de carne quanto de leite”, afirmou durante a apresentação do estudo, hoje, na sede da Embrapa.

Segundo Caetano, a tecnologia desenvolvida na pesquisa já está disponível, mas para que seja efetivamente aplicada no campo, alguns fatores precisam ser desenvolvidos. “Precisamos mais parceria com os atores da cadeia produtiva para aplicar esse trabalho”, explicou.

O pesquisador disse que em outros países, como os Estados Unidos, principal financiador do estudo, a integração entre pesquisadores e produtores é mais antiga e os resultados acabam aparecendo em menos tempo. Apesar disso, ele acredita que essa relação pode ser desenvolvida e o produtor tem a ganhar, na medida em que um dos objetivos da pesquisa é realizar o processo de melhoramento genético de maneira mais rápida e mais barata.

O estudo, no Brasil, também contou com a colaboração de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e da Universidade Estadual de São Paulo.

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